Guerra cibernética

Atualmente o termo guerra cibernética vem ganhando destaque nas pautas jornalísticas em todo o mundo. Ao contrário da guerra convencional, a guerra cibernética acontece no ciberespaço e pode ser motivada por questões políticas, econômicas ou até mesmo militares.

Para lhe situar, o ciberespaço é o ambiente virtual criado através do uso da rede mundial de computadores, a Internet. É nesse meio que as interações sociais acontecem através das chamadas redes sociais.

A guerra cibernética, ao contrário das guerras convencionais, não utiliza armas físicas mas ataques na forma de represálias ou intrusões ilícitas em computadores alvo que estão conectados no ciberespaço.

Como são realizados esses ataques?

Esses ataques concentram-se na infraestrutura crítica do alvo de forma a neutralizar ou prejudicar seu funcionamento. Podemos citar o ataque a redes de energia elétrica, água e gás, serviços de saúde, transportes, financeiros e até mesmo na infraestrutura militar.

Ataques cibernéticos podem também, pode exemplo, desligar redes elétricas, manipular redes ferroviárias, causando acidentes e descarrilamentos.

A intenção desses ataques é minar as capacidades do alvo em prover condições mínimas de funcionamento de suas atividades normais. As consequências disso é o enfraquecimento do adversário, o que possibilita, no caso de países inimigos, o uso dos meios militares convencionais contra o outro com mais efetividade.

Um exemplo de ataque recente foi o que atingiu vários hospitais e clínicas do Reino Unido. Os computadores desses hospitais e clínicas foram contaminados por um tipo de ransomware que obrigou a recusa de pacientes. Nesse caso a motivação foi financeira, pois foi exigido o pagamento de uma quantia em bitcoins para a liberação das informações criptografadas.

Um outro exemplo de ataque cibernético com motivação militar foi o causado pelo grupo de hackers Anonymous. Esse grupo efetuou uma série de ataques contra a Rússia de Vladimir Putin para retalhar a invasão da Ucrânia. Esses ataques atingiram páginas oficiais do governo russo.

Por outro lado, ataques russos também foram registrados contra sites do governo ucraniano, tais como o site do ministério da Educação e de Relações Exteriores, além de bancos. Como era de se esperar, esses ataques não foram assumidos por Moscou.

A Guerra cibernética e o Brasil

O Brasil também não está a salvo desse tipo de problema. Um levantamento da empresa Avast mostrou que houve mundialmente um aumento de 38% nos ataques por ransomware em 2021 em comparação com o ano anterior. Em nosso país, porém, o aumento foi de 92%!

Esse aumento se deve, em boa parte, pela adoção do “home office” sem planejamento. Por conta da pandemia muitos governos e empresas tiveram que migrar seus ambientes para a nuvem e obrigar seus funcionários a trabalhar de casa. Como a rede utilizada em casa não é a mesma das empresas e dos governos, a segurança ficou comprometida.

Os principais tipos de ataques cibernéticos atualmente são o Backdoor, Phishing, Spoofing, Ataque DoS (Denial of Service) e Ataque DDoS.

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