Tecnologia de reconhecimento facial
Com o passar dos anos novas formas de confirmação de credenciais de acesso foram criadas. Surgiram as senhas digitas, PIN, impressão digital, reconhecimento de íris e a tecnologia de reconhecimento facial.
Nesta matéria abordaremos a tecnologia de reconhecimento facial, como funciona e suas implicações na sociedade atual.
Como funciona o reconhecimento facial?
A tecnologia baseia-se em um sistema que utiliza algoritmos para mapear padrões no formato e desenho do rosto humano. Dessa forma, apesar das variações de pessoa para pessoa, algumas informações básicas continuam imutáveis, o que possibilita a identificação com uma boa precisão.
O mapeamento de padrões consiste em identificar pontos em comuns, como os olhos, boca e nariz. São calculados a distância entre esses pontos (entre os dois olhos, entre a boca, a bochecha e o queixo, por exemplo), limitando-se ao formato do rosto.

Como reconhecer rostos alterados?
Com o passar dos anos envelhecemos e detalhes da nossa face alteram-se na mesma proporção. As tecnologias de reconhecimento facial evoluíram e aprenderam a reconhecer rostos comprometidos pela idade ou por outras alterações.
Como qualquer outra tecnologia, o reconhecimento facial passou por evoluções e superou várias limitações. Uma delas era a falha na captação da face quando feita em ambientes mal iluminados ou quando havia mudanças bruscas na movimentação do rosto. O uso de acessórios como bonés, chapéus e até caretas comprometiam as leituras.
Com a evolução dos algoritmos, da inteligência artificial e do desenvolvimento de equipamentos mais eficientes (com suporte de profundidade) a incidência desses problemas diminuíram consideravelmente.
Atualmente, com equipamentos top de linha e o acesso a banco de dados mais robustos, é possível fazer leituras mesmo em ângulos diferentes em relação a câmera. Além disso movimentações leves da cabeça não afetam mais as identificações.
Para o reconhecimento facial são utilizados diversos equipamentos. Existem modelos de celulares com a tecnologia embutida como Xiomi MI A2, Zenfone 5 Self ZC6000KL, Motorola Moto Z Z3 Play dentre outros. Há também equipamentos dedicados a tal funcionalidade, como câmeras especiais e terminais, que controlam o acesso de pessoas a empresas e edifícios, por exemplo.

Equipamento de entretenimento como video games também fazem uso da tecnologia de reconhecimento facial. Podemos citar o PS Camera do Playstation 4 (Sony) e o Kinect do Xbox (Microsoft).
Reconhecimento facial e privacidade
Por ser uma tecnologia que armazena informações pessoais e utilizada para vigilância, questionamentos referentes a privacidade são inevitáveis. Movimentos pró-liberdade alegam que a tecnologia pode ser utilizada para vigilância em massa e como instrumento de discriminação de grupos.
Em 2018 foi utilizada a tecnologia de reconhecimento facial na linha vermelha do metrô de São Paulo. A empresa Via Quatro desenvolveu um projeto em conjunto com a LG (multinacional de eletrônicos) que consistia em reconhecer as expressões faciais das pessoas e classificar como feliz, insatisfeito, surpreso ou neutro, a fim de alterar os anúncios das telas de publicidade de acordo com esses sentimentos.
A justiça decidiu que a operadora cessasse a coleta de dados por entender que havia a falta de consentimento por parte dos passageiros. A multa diária foi estipulada em R$50 mil, em caso de descumprimento.
A tecnologia também é utilizada em diversas cidades para reconhecer passageiros nos ônibus para coibir o uso indevido de Bilhetes Únicos. Em São Paulo a Secretaria de Segurança Pública utiliza o sistema no metrô para identificar criminosos e crianças perdidas.
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