O que é o spyware Aladdin e como ele foi descoberto?
A existência do Aladdin veio à tona a partir de uma investigação conjunta entre Inside Story, Haaretz e o WAV Research Collective. Os pesquisadores tiveram acesso à coleção chamada Intellexa Leaks, um conjunto de documentos internos vazados que expõe como a empresa operava discretamente para comercializar ferramentas altamente invasivas. Neste artigo entenda o que é o spyware Aladdin e como ele foi descoberto.
Como o Aladdin explora anúncios para invadir dispositivos?

Segundo as análises, a Intellexa utilizava empresas de fachada distribuídas mundialmente para mascarar a origem do spyware e facilitar sua disseminação. O mecanismo era sofisticado o suficiente para se infiltrar em redes legítimas de anúncios, alcançando tanto sites populares quanto aplicativos amplamente utilizados.
O Aladdin foi empregado inicialmente em 2024, quando começou a ser integrado a campanhas de publicidade móvel. A operação ocorre por meio de uma manipulação dentro da DSP (Demand Side Platform), tecnologia usada por anunciantes para automatizar compras de mídia.
Com essa tática, o spyware conseguia:
- Identificar alvos por endereço IP
- Interceptar a entrega de anúncios
- Forçar a exibição de propagandas maliciosas para usuários específicos
- Misturar-se entre anúncios autênticos, dificultando a detecção
O resultado disso é que sites e aplicativos confiáveis acabavam exibindo, sem perceber, peças publicitárias envenenadas que funcionavam como ponto de entrada para a infecção.
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⚠️ O perigo do ataque “clique zero”

O detalhe mais alarmante do Aladdin é sua capacidade de infectar sem nenhuma interação por parte da vítima. Esse tipo de ataque, conhecido como zero-click, dispensa toques, downloads, permissões ou cliques em links suspeitos.
➡️ Basta visualizar o anúncio — por milissegundos — para que o spyware acione seu vetor de ataque.
Esse comportamento transforma o simples ato de navegar na internet em um risco. A vítima sequer percebe que foi comprometida.
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❓ Como ocorre a infecção? O que sabemos até agora
Os pesquisadores ainda não determinaram com precisão qual vulnerabilidade o Aladdin explora para invadir dispositivos, mas há fortes indícios de que o ataque envolva:
- Redirecionamentos automáticos para servidores de exploits controlados pela Intellexa
- Uso de falhas não corrigidas em navegadores ou sistemas operacionais
- Injeção de scripts maliciosos em redes de anúncios confiáveis
Esse conhecimento limitado aumenta ainda mais o risco, pois impossibilita que usuários comuns identifiquem ou evitem o ataque por meios tradicionais.
🛡️ Como se proteger de spyware veiculado por anúncios?

Apesar da sofisticação do Aladdin, algumas medidas podem reduzir significativamente o risco de infecção:
✔ Atualize o sistema operacional
Smartphones que recebem atualizações frequentes têm mais chances de bloquear vulnerabilidades exploradas por spywares avançados.
✔ Utilize navegadores com proteção contra rastreamento
Firefox, Brave e versões atualizadas do Chrome contam com mecanismos adicionais de segurança.
✔ Evite conexões públicas ou sem segurança
Redes abertas facilitam ataques direcionados por IP.
✔ Use soluções de segurança capazes de detectar comportamento anômalo
Não bloqueiam tudo, mas ajudam a identificar atividades suspeitas.
✔ Mantenha atenção a permissões e funcionamento estranho do dispositivo
Aparelho aquecendo, bateria drenando rápido ou apps desconhecidos são indicadores de possível invasão.
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📌 Conclusão
O spyware Aladdin demonstra como as ameaças digitais evoluíram para além do óbvio. A capacidade de infectar um celular apenas com a visualização de um anúncio eleva o nível de risco e destaca a necessidade de sistemas mais robustos, redes de anúncios mais seguras e maior conscientização dos usuários.
Enquanto especialistas continuam investigando a fundo a técnica por trás do ataque, a melhor defesa ainda é manter dispositivos atualizados e adotar hábitos de navegação mais seguros.
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